Cada medalhado olímpico português deverá passar a receber 1500 em vez de 1250 euros mensais de bolsa, de acordo com o anteprojecto do Programa de Preparação Olímpica 2012-2016, elaborado pelo COP. Essa verba passa a 1200 euros mensais para os finalistas (classificados até ao 8º lugar) e 900 para os semifinalistas (até ao 16º). Os atletas que tenham conseguido o acesso aos Jogos passam a receber 600 euros, e está ainda prevista a criação de um quinto nível, destinado às Esperanças Olímpicas.
No que se refere a treinadores, o valor das bolsas corresponde a 75 por cento do valor de que beneficiam os atletas sob sua responsabilidade técnica. Segundo o projecto, as bolsas olímpicas dos atletas são pagas directamente pelo COP, enquanto as bolsas devidas aos treinadores e as verbas para os clubes são pagas através das federações.
O programa divide-se em três projectos, sendo o mais substancial o destinado a preparar a participação nos Jogos de Londres, em 2012, que receberá 12 milhões de euros. Segue-se o Projecto Esperanças Olímpicas de 2016, que inclui também a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos da Juventude (Singapura, em 2010), que em conjunto recebe 2,9 milhões. A restante verba destina-se a prolongar o projecto Selecção de Prioridades, para o desenvolvimento do desporto feminino e para prémios de classificação.
Segundo o plano, os 12 milhões de euros para a preparação de Londres-2012 serão distribuídos por quatro dotações anuais: 2,8 milhões em 2009, 4,5 em 2010 e 4,75 nos dois anos seguintes.
O Programa, orçado em 16,8 milhões de euros (aumento de 20 por cento em relação ao anterior projecto), mantém as linhas gerais do modelo definido anteriormente e que esteve na base da preparação portuguesa para Pequim, mas pretende enfatizar o apoio aos clubes dos atletas nele enquadrados. Nele ficam automaticamente integrados os atletas com resultados de mérito obtidos na última edição dos Jogos, em Pequim, bem como atletas com classificações de mérito nos últimos Campeonatos do Mundo ou da Europa, que não as tenham reeditado em Pequim «por motivos plausíveis».
A proposta elaborada pelo COP a 1 de Agosto, será formatada até ao final do ano e 2008, sendo depois objecto de posterior negociação com o Estado e de concertação com as Federações.
In diario.iol.pt