O director-geral de Saúde admitiu que a subida ao nível mais alto do alerta pandémico para a gripe A pode vir a provocar alterações no Plano Nacional de Contingência. Francisco George prevê que este vírus possa vir a atingir 25 por cento dos portugueses, mas sem que se venha a registar um «cenário dramático».
O director-geral de Saúde admitiu que a declaração de pandemia feita pela Organização Mundial de Saúde relativamente à gripe A poderá levar a algumas alterações no Plano Nacional de Contingência, mas apenas por uma questão de prudência.
«Estamos certos que o sucesso deste programa depende da rapidez de aplicação das medidas que estão previstas e que foram equacionadas para serem aplicadas quando a propagação da infecção surgir no nosso país, se surgir», afirmou Francisco George.
Em declarações à TSF, este responsável reconheceu que é provável que cerca de um quarto da população possa vir a ficar infectada por este vírus, muito embora não se esperem muitos casos graves, já que os planos de contingência poderão minimizar muitas destas situações.
Apesar de ser «impossível fazer cenários por antecipação», Francisco George diz que a esmagadora maioria dos 25 por cento da população que é afectada por cada novo vírus da gripe não deverá ter mais que uma «infecção moderada, ligeira» se infectada pela gripe A.
O director-geral da Saúde acrescentou ainda que 90 a 95 por cento dos infectados com o vírus da gripe A deverão poder ser tratados em casa e apenas com «antipiréticos sem necessidade de outros medicamentos». «Não estamos perante um cenário dramático», sublinhou.
Relativamente aos Açores, cujo Governo se reúne na sexta-feira para decidir se será necessário reforçar as medidas de prevenção e detecção de casos de gripe A, Francisco George disse que o arquipélago está mais exposto a casos de contágio.
O director-geral de Saúde lembrou que esta região autónoma tem vindo a preparar «um sistema para os Açores com dimensões atendendo à sua insularidade com dimensões específicas que foram previstas» para estas ilhas.
«Posso assegurar que temos enorme confiança nos trabalhos que estão a ser conduzidos no contexto do Governo Regional dos Açores. A particularidade dos Açores é a proximidade em relação aos EUA, uma vez que têm relações de tráfego aéreo muito intensas com os EUA», frisou.
fonte:tsf