O rochedo já não oferece perigo. Em cerca de duas horas, três máquinas derrubaram para cerca de um terço do tamalho original o que sobrou da rocha que desabou parcialmente na quinta-feira, soterrando oito pessoas – cinco morreram e três ficaram feridas.
foto Luís Forra/lusa
Rochedo da praia Maria Luísa já foi demolido
Dos cerca de 15 metros de perigo iminente, o rochedo foi encolhido para um terço do tamanho original. São cerca de três a quatro metros de altura, segundo informação dos geólogos presentes no local, de uma rocha que já não oferece perigo aos veraneantes.
"Os trabalhos correram bem, como tinham sido programados. Está a ser feito o desbaste final e depois vão ser acomodados todos os blocos que resultaram da demolição, junto à arriba traseira, para dar mais consistência e evitar a erosão provocada pelas ondas", disse Valentina Calixto, presidente da Administração Hidrográfica do Algarve (ARH).
"As máquinas vão continuar a trabalhar, mas a parte essencial do trabalho está concluída", afiançou. A responsável da ARH disse ainda que segunda-feira de manhã, à luz do dia, "vai verificar-se o resultado do trabalho, uma vez que a maré também fará algum trabalho de limpeza e remoção de detritos".
"O objectivo desta operação foi dar segurança à estrutura e agora vamos esperar pelos relatórios técnicos", concluiu a responsável da ARH, precisando que a zona vai continuar delimitada até se verificar de manhã à luz do dia o resultado do trabalho hoje, domingo, efectuado.
Além de encolhido para um terço o perigo que representava o que sobrou da rocha fatal, os detritos, da derrocada de quinta-feira e dos trabalhos de hoje, foram encostados à falésia. O objectivo é prevenir a erosão, protegendo a arriba das investidas do mar acautelando futuras derrocadas.
Algumas dezenas de pessoas prolongaram o dia de praia para assistir aos trabalhos, que mobilizaram três máquinas. Os veraneantes acompanhar os trabalhos, tiraram fotos e registaram a demolição para a posteridade.
JN