Apesar da ausência do pé-de--cabra – com que costumam agredir as vítimas na cabeça –, não restam dúvidas às autoridades de que o assalto de anteontem à ourivesaria Carlos Joalheiro, em Leiria, foi feito por um trio de romenos responsável por uma violenta vaga de assaltos a este tipo de estabelecimentos comerciais, nas zonas Centro e Norte do País.
Fontes policiais disseram ao CM que, à semelhança de outros crimes, este assalto foi precedido de ‘rondas’ ao local do roubo feitas por um Ford Escort azul. No caso da Carlos Joalheiro, não houve registo do uso de pé-de-cabra. O elo de ligação é mesmo a viatura, furtada em Setembro, em Cascais. Em Leiria, o dono do estabelecimento, que se feriu após uma queda acidental, falou também da “pronúncia brasileira” dos assaltantes, pormenor também presente nos outros crimes do gang.
Nas últimas quatro semanas, o trio de romenos fez pelo menos cinco assaltos violentos. A 28 de Outubro, foi atacada a ourivesaria Costa, em Almeirim. No dia seguinte, uma ourivesaria de Oliveira de Azeméis. A 6 de Novembro, um estabelecimento do mesmo ramo em Ourém. A 16 do mesmo mês, uma ourives da Batalha foi agredida com um pé-de-cabra na cabeça, e dois dias depois coube a vez a uma ourivesaria de Castanheiro do Ribatejo. PSP, PJ e GNR investigam.
PORMENORES
LADRÕES CORPULENTOS
A forte envergadura física dos três romenos que integram o gang permite eliminar qualquer resistência das vítimas.
VIOLÊNCIA NA BATALHA
A 16 de Novembro, na Batalha, antes de agredirem a proprietária da ourivesaria com um pé-de-cabra, os assaltantes ameaçaram de agressão os clientes.
MANDADO DE CAPTURA
Uma comarca do oeste de Portugal emitiu um mandado de captura internacional para os três romenos. A Interpol já recebeu o documento, e ajuda na localização dos três assaltantes fora do País.
Correio da manha