Margem Sul: Jovens brasileiros das favelas promovem violênci

sexta-feira, 19 de Setembro de 2008 | 10:01

Margem Sul: Jovens brasileiros das favelas promovem violência


Uma onda de violência que tem vindo a crescer na Margem Sul do Tejo tem como protagonista um grupo de jovens, provenientes das favelas brasileiras, com cadastro, a grande maioria ilegal em Portugal, que tem como lema de vida a violência e que se diz «sem passado nem futuro».
Segundo avança a edição desta sexta-feira do Correio da Manhã, os jovens, com idades entre os 19 e os 22 anos, dizem-se membros do «Primeiro Comando de Portugal», um clone de uma organização criminosa, o «Primeiro Comando da Capital», criada nos anos 90, no Brasil, por um grupo de presos em São Paulo, que tentava combater o sistema prisional através da violência.

Muitos deles a residirem no nosso País com compatriotas, a Internet é o veículo que mais utilizam para fazer passar a sua mensagem, afirmando, no site do grupo, que não gostam de livros, ouvem música rap e que «não têm passado, nem futuro».

Uma megaoperação da GNR, em Almada, terminou com 15 detidos, sete dos quais por tráfico de droga. Na acção, realizada entre a tarde de quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira na zona da Costa de Caparica, os militares apreenderam ainda 1142 doses de heroína e 434 doses de cocaína.

A GNR cumpriu oito mandatos de busca domiciliária na zona do Bairro Branco, no Monte da Caparica. Sete pessoas acabaram detidas por tráfico de droga e os militares ainda apreenderam heroína e cocaína, bem como meio quilo de ouro, seis telemóveis, uma arma branca, oito cartuchos para uma arma de calibre 12 e uma viatura.

Este era o primeiro alvo. Cumpridas as buscas no Monte, seguiu-se a fiscalização nos bares da Costa de Caparica. Os militares detiveram uma pessoa na sequência de um mandato de captura. Com a colaboração do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a GNR identificou quase 60 estrangeiros, nove foram notificados a abandonar o País.

A fiscalização rodoviária foi a última etapa da megaoperação da GNR, que mobilizou perto de 100 militares e só acabou de madrugada. Nas estradas, os militares fizeram mais detenções. Cinco automobilistas foram presos por condução sob o efeito do álcool e dois por conduzirem sem carta.