Os benefícios do grão-de-bico
Grão a grão protege-se o organismo
Os benefícios do grão-de-bico
Um truque para variar e ter uma alimentação cuidada é seguir as cores da Roda dos Alimentos. O amarelo do grão-de-bico não pode faltar às refeições, já que ajuda na digestão, enquanto que os sais minerais protegem da osteoporose. Apesar de pequeno, o grão é uma excelente fonte de fibras solúveis, conhecidas por promover o trânsito intestinal. Outro aliado para a sua saúde é o amido, hidrato de carbono complexo que, graças à sua entrada lenta da glicose no sangue, prolonga a sensação de satisfação e retarda o apetite, bem como a falta de energia. A estes nutrientes juntam-se ainda o zinco, potássio, magnésio, manganês, fósforo e a tiamina (vitamina B1), indispensável ao bom funcionamento do sistema nervoso e do coração, ao mesmo tempo que auxilia as células na produção de energia. O consumo regular de grão previne ainda o aparecimento do cancro do intestino e auxilia na redução do colesterol no sangue, controlo da diabetes e da obesidade.
Grão no prato
A sopa é uma solução prática e saborosa para incluir este ingrediente na alimentação. Se tiver oportunidade de a preparar, aproveite a água da cozedura do grão, já que os nutrientes ficam retidos no caldo. A falta de tempo não a deve desmoralizar! Actualmente, existem sopas frescas, já prontas, saborosas e que garantem a conservação dos nutrientes, que podem ir para a mesa em poucos minutos. Lembre-se que uma refeição que inclua leguminosas permite que o processo digestivo decorra de forma mais equilibrada, graças aos nutrientes que prolongam a mastigação e a ensalivação, sendo assim melhor absorvidos pelo metabolismo.
Leguminosa aliada da saúde
Não é por acaso que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo regular de leguminosas. O grão, que demora perto de 140 dias a crescer, é um magnífico concentrado de sais minerais compostos que não podem ser produzidos pelo corpo humano e por isso precisam de ser ingeridos. De destacar:
O fósforo – em quantidades generosas, à semelhança do cálcio, protege os dentes e os ossos, evitando a osteoporose que afecta 27 em cada 100 mulheres;
O potássio – controla a pressão arterial, contracção muscular e o equilíbrio do corpo;
O ferro – essencial ao transporte do oxigénio e com funções na produção das células vermelhas do sangue;
O magnésio – actua sobre os malefícios dos radicais livres, conseguindo travar os efeitos do envelhecimento da pele ou o aparecimento de doenças como a arteriosclerose;
O zinco – colabora em funções importantes do organismo como a reprodução e participa em reacções químicas, prevenindo as gripes, por exemplo.
Plantado em maior quantidade na zona do Mediterrâneo e da Ásia, o grão é também rico em ácido fólico, indispensável às grávidas e ao desenvolvimento do bebé. A luteína é outro nutriente importante que actua enquanto antioxidante que reduz o risco da degeneração macular, protegendo a visão em qualquer idade. Por todas estas razões, a Nova Roda dos Alimentos sugere o consumo de 1 a 2 porções diárias, como forma de contribuir para a ingestão de proteínas, hidratos de carbono, fibras, vitaminas e minerais. Não custa nada cumprir!
Preparar grão
A vida moderna não permite muitas vezes a preparação do grão-de-bico da forma tradicional, ou seja, o grão que necessita de ficar de molho durante alguma horas antes de ser cozinhado. Além de que, para ser confeccionado, também necessita de ficar cerca de uma hora numa panela de pressão (se recorrer a uma panela normal, então o tempo necessário para a cozedura será ainda superior). Mas existem já as opções enlatadas ou congeladas que permitem introduzir esta leguminosamente fácil e rapidamente na alimentação. No caso da opção em lata, basta passar o grão por água, para sair o líquido da conserva, e adiciona-lo no fim do cozinhado, para aquecer e entranhar os restantes sabores do prato.
Fonte: Helena Cid - Nutricionista