Numa aula semanal de educação moral, a professora pediu aos alunos de seis anos para concluírem da maneira que achassem melhor a história da formiga industriosa e da cigarra preguiçosa.
A maioria de nós conhece essa fábula de Esôpo sobre a cigarra que passou o verão cantando e brincando enquanto a formiga dava duro juntando alimento para ter o que comer no inverno.
Quando finalmente esfriou, a formiga trabalhadeira e suas amigas se recolheram seguras, tendo tudo o que precisariam durante aquele período. A cigarra, porém, teve que ir atrás de comida e a essa altura quase morreu de fome.
A professora pediu às crianças para fazerem um desenho e escreverem a conclusão da história como quisessem, mas precisaria envolver a cigarra pedindo ajuda à formiga.
Mais ou menos metade da classe assumiu a postura de que a cigarra não merecia e a formiga negou ajuda. A outra metade concluiu a história dizendo que a formiga mandou a cigarra aprender sua lição e depois lhe deu metade do que tinha recolhido.
Um menininho então se levantou e contou a sua versão: "Quando a cigarra implorou por comida, a formiga ficou sem saber o que fazer, mas lhe deu tudo o que tinha. Não deu metade nem a maior parte, deu tudo." Mas a conclusão dele não parou por aí. Ele prosseguiu todo feliz:
"Como não sobrou comida para a formiga, ela morreu. Mas aí a cigarra ficou tão triste com isso que foi e contou pra todo o mundo o que a formiga tinha feito para salvar a sua vida. E aí a cigarra se tornou numa boa cigarra."
Quando me contaram esta história me vieram duas coisas à mente. Primeiro, pensei em como Jesus via a questão do dar. Ele não foi só metade do caminho por nós nem disse que não "merecíamos". Ele Se entregou por nós totalmente para que pudéssemos aprender a ser bons.
Foi só através do sacrifício total da Sua vida que pudemos receber a dádiva da vida eterna. Foi como a versão da formiga morrendo pela cigarra no clássico recontado pela criancinha de seis anos.
E para nós também não deveria parar por aí. Deveríamos seguir o exemplo de Jesus e nos dedicarmos de coração a contar a todos a maravilha que Ele fez por nós.
Outra coisa que aprendi foi o que significa dar de coração. Nós só damos quando nos custa algo, mas quando damos assim nosso ato se multiplica vezes sem conta.
"Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica só. Mas se morrer, produz muito fruto".
E não pára por aí. A promessa que talvez não nos seja muito prazerosa é o que faz com que tudo valha a pena: "Mas se morrer, produz muito fruto" (João 12:24 - Edição Contemporânea Almeida).
Ninguém é pobre demais que não tenha algo que possa dar.
- Henry Wadsworth Longfellow
Senhor, que eu não busque tanto ser consolado, mas consolar;
Ser compreendido, mas compreender;
Ser amado, mas amar.
Porque é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
-São Francisco de Assis (1182-1286)
Fonte http://www.afamilia.org/word/reflections/index2.php?refid=286