10 verdades sobre os vegetais em conserva
Acabe com os mitos sobre a qualidade deste tipo de alimentos. Sabia que os vegetais em conserva podem ser a solução que procurava?
Um estudo qualitativo realizado pela Multivária, em Abril deste ano, veio confirmar que os portugueses têm a ideia generalizada de que os produtos enlatados são menos naturais e culpabilizam-se por utilizá-los.
Mas a verdade é que eles mantêm as propriedades nutricionais dos alimentos e apenas facilitam a sua vida. Descubra porquê!
1 – Os vegetais em conserva são tão seguros como os que compramos a granel. Pois, passam por processo de esterilização semelhante ao que as nossas avós usavam em casa: colocavam os vegetais em boiões fechados e ferviam-nos em banho-maria até cozerem e eliminarem todos os microorganismos.
2 - As conservas têm este nome porque o processo de esterilização a que são sujeitas, permite-lhes conservar os alimentos sem o recurso a qualquer aditivo ou conservante. Os vegetais são cozidos dentro da própria lata, depois de fechada, apenas em água e sal.
3 – Proteja-se lendo os rótulos, se tem dúvidas quanto à composição das conservas, saiba que é obrigatório declarar na integra o conteúdo das embalagens.
4 – Os vegetais em conserva são tão nutritivos quantos os frescos ou secos. A quantidade de vitaminas que se perde no processo de esterilização, é semelhante à perdida quando cozemos os alimentos em casa.
5 – Durante o processo de cozedura (tanto em casa como nas conservas), muitos dos nutrientes (fibras e vitaminas) dos vegetais acabam por se dissolver na água que os acompanha. Por isso, aproveite o molho para enriquecer pratos, como sopas, purés, guisados…
6 – Depois de abertos, os vegetais em conserva têm a mesma validade do que os cozinhados em casa. Se a embalagem traz mais do que precisa, pode sempre guardá-los no frigorífico, de preferência dentro de um recipiente fechado, tal como faz com a comida cozinhada.
7 – Existe a ideia de que o metal utilizado nas embalagens passa para os alimentos contaminando-o com substâncias que podem ser perigosas. Porém, existem marcas que revestem o interior da lata com um verniz ou camada polimérica que impede o metal de migrar para os alimentos. Quando abrir uma lata verifique se tem esta camada.
8 - Sabia que os vegetais são fundamentais para uma boa alimentação e um elo essencial no processo digestivo? O seu consumo regular contribui também para a redução do colesterol no sangue e para o controlo da diabetes e da obesidade.
9 – Escolha vegetais de cores diferentes! Estudos confirmam que a cor dos alimentos está associada aos benefícios que eles lhe podem dar.
Os alimentos verdes, como a ervilha, são ricos em luteína, um potente antioxidante que ajuda na saúde dos olhos; potássio, que confere protecção ao sistema cardiovascular; e ácido fólico importante durante a gravidez para reduzir o risco de malformações fetais.
Enquanto os amarelos, como o grão-de-bico e o feijão, pela sua riqueza em fibra, ajudam a regular o intestino. E os vermelhos, como o tomate, são ricos em licopeno, um pigmento com uma forte acção antioxidante.
10 – A nova Roda dos Alimentos recomenda o consumo de 3-5 porções* de hortícolas e de 1-3 porções* de leguminosas por dia. Se o seu ritmo de vida deixa-a sem tempo para lavar e cortar ou ainda demolhar os alimentos, as conservas podem ser uma ajuda.
(*) Segundo a nova Roda dos Alimentos:
1 porção de leguminosas equivale a:
• 1 colher de sopa de leguminosas secas cruas (ex: grão de bico, feijão, lentilhas) (25g);
• 3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas (ex: ervilhas, favas) (80g);
• 3 colheres de sopa de leguminosas secas / frescas cozinhadas (80g).
1 porção de hortícolas equivale a:
• 2 chávenas almoçadeiras de hortícolas crus (180g);
• 1 chávena almoçadeira de hortícolas cozinhados (140g).
Alexandra Bento - Nutricionista
in mulher.sapo.pt