Lisboa, 17 Dez (Lusa) - A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou terça-feira uma moção exigindo informação sobre as contrapartidas das empresas que patrocinaram as iluminações de Natal, consideradas de "mau gosto" pelos deputados municipais.
As iluminações de Natal foram financiadas este ano pela primeira vez inteiramente por privados, que receberam como contrapartida espaço para publicidade em alguns desses locais, nomeadamente os mais centrais, como o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço.
Os deputados municipais exigem que a Assembleia seja "cabal e rapidamente informada da forma, das contrapartidas e dos compromissos que levaram a aceitar vender a imagem dos principais centros de Lisboa àquele conjunto de empresas, para ali representarem com tanto mau gosto e tão a despropósito o seu Natal".
A moção, apresentada pelo PSD, foi aprovada com os votos contra do PS e os votos favoráveis das restantes forças políticas.
Foi igualmente aprovada, com a mesma votação, uma recomendação subscrita pelo Bloco de Esquerda que se refere concretamente a uma das marcas que participam na iluminação de Natal, a TMN, repudiando o "atentado ao espaço público que esta campanha constitui e o desrespeito que manifesta pelos cidadãos de Lisboa".
Os deputados municipais voltaram também a aprovar uma moção contra o alargamento do terminal de contentores de Alcântara, exigindo a revogação do decreto-lei que, sem concurso público, prorroga o prazo da concessão à empresa Liscont, do grupo Mota Engil.
A moção foi aprovada com os votos contra do PS e os votos favoráveis das restantes forças políticas.
ACL
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