CRAVINHO
Originária do arquipélago das Molucas, a cravoária (Syzygium aromaticum, da família das mirtáceas) é uma árvore de grande porte. A sua copa piramidal está sempre verde. As flores aparecem dispostas na extremidade dos ramos: de cor vermelho-escura, acabam por se revestir de uma coroa de estames maciça e odorífera. A cravoária cresce hoje nas Antilhas, nas regiões orientais da Africa tropical, nas Índias, em Zanzibar (que é o seu maior produtor mundial), na China e no Sudeste Asiático. É uma planta que aprecia os climas húmidos e o ar marítimo. Os botões florais são colhidos antes do desabrochar da corola, quando as pétalas não separadas formam uma cabeça redonda e rosada por cima do cálice. Depois de secos, adquirem uma tonalidade vermelho-acastanhada e um perfume característico, o dos cravos-de-cabecinha (fugenia caryophyl-lata) em que se transformaram.
A planta, há muito explorada na China, era desconhecida dos povos da Antiguidade. Foi introduzida na Europa pelos árabes no século IV - foi encontrada, num túmulo alsaciano do século IV, uma pequena caixa de ouro contendo dois cravos-de-cabecinha. Na Idade Média, um punhado desta preciosa especiaria valia meio boi e uma ovelha. Só se conheceram exactamente as terras de origem do cravinho depois da viagem de Marco Polo e na altura em que as feitorias portuguesas, e mais tarde as holandesas, se estabeleceram no Sudeste da Ásia: a especiaria chegava a Java proveniente da ilha de Banda (Molucas). No século XVIII, Pierre Poivre quebrou o monopólio holandês que confinava a cravoária às Molucas, introduzindo com êxito a sua implantação na ilha de França (ilha Maurícia) e na ilha Bourbon (ilha da Reunião).
0 aroma do cravinho é penetrante, quente, rico; o seu sabor é simultaneamente picante e amargo. Entra na maioria das misturas de especiarias: garam massala, berbere etíope, baharat, cinco-especiarias. Conserva a carne em sábias marinadas ou condimenta o cozido e o guisado. Nos Estados Unidos, é usado para decorar e aromatizar o fiambre cozido no forno. Na Europa, é adicionado ao pão de mel, ao vinho quente doce, aos licores (ver Bebidas). 0 cravinho, purificador e protector, entra em numerosas tradições não gastronómicas orientais. Por exemplo, na Indonésia, os kreteks, cigarros tradicionais, são feitos com cravos-de-cabecinha; na Índia, os apreciadores de bétel fecham o seu rolo de tabaco de mascar com um cravo-de-cabecinha.
Fonte:
http://www.proformar.org
Cravo da índia: doce e picante, é usado tonto para ornamentar como paro dar sabor. Ideal paro molhos, conservas, doces, compotas, assados etc.
Fonte:
http://www.culinariaonline.com.br