Um mês depois da derrocada de uma falésia na praia Maria Luísa, em Albufeira, que provocou cinco mortos, e apesar dos avisos das autoridades, são poucos os banhistas que se afastam daqueles locais nas praias algarvias, continuando a preferir a sombra a fugir ao risco.
Na sequência da derrocada na praia Maria Luísa, em Albufeira, foram vários os avisos das autoridades, bem como os reforços da sinalização nas praias portuguesas.
No entanto, apesar de nos dias seguintes muitos banhistas se terem afastado daqueles locais, um mês depois da tragédia são já muitos aqueles que parecem ter esquecido o que se passou.
João, nadador-salvador na praia de Olhos de Água há 18 anos, disse à TSF que a tragédia que aconteceu na praia Maria Luísa deixou lembranças efémeras.
«Na altura é eficaz. Depois passa e as pessoas voltam a praticar o mesmo erro. Voltam a encostar-se a sombra», afirmou.
Na praia de Olhos de Água, a Câmara Municipal de Albufeira pôs sinais de perigo e colocou fitas isolando dois locais. Ainda assim, nas marés cheias muitas crianças brincam junto às falésias.
Emília Costa, uma turista que se afasta das falésias por sentir «medo», relatou ver todos os dias pessoas a encaminharam-se para os locais mais perigosos.
Também o pescador António constatou esta realidade, garantindo que as pessoas nem sabem o perigo que correm ao colocarem-se debaixo das falésias.
TSF