António Cunha entregou-se, ontem, terça-feira, ele próprio às autoridades, após três dias a monte.
O candidato do PS e homicida do marido da actual presidente da Junta de Freguesia de Ermelo, em Mondim de Basto, já foi detido pela Polícia Judiciária de Braga e deverá ser hoje interrogado por um juiz de instrução criminal para aplicação de medidas de coacção.
À hora do funeral da vítima, nada se sabia. "Morreu a um domingo e foi enterrado no dia de Nossa Senhora de Fátima. Por isso, foi directo para o céu, era um bom homem", suspirava, ontem, um habitante, entre as muitas centenas que se concentraram à porta da casa de Maximino Clemente para lhe prestar a última homenagem em Ermelo, Mondim de Basto. Domingo, quando preparava a abertura da assembleia de voto, aquele ex-militar da GNR, marido da recandidata pelo PSD, foi morto com dois tiros.
Incógnita é, neste momento, saber se Maria da Glória Nunes se irá candidatar. Após a morte do marido, a ainda presidente de Ernelo não decidiu se avança para sufrágio.
O clima de terror ainda permanece na freguesia, já que está a ser complicado arranjar voluntários para constituírem as mesas de voto. "As pessoas estão com receio e não temos certeza de arranjar quem queira sentar-se junto às urnas", garante Domingos da Siva.
A Federação do PS de Vila Real requereu, entretanto, ao juiz de Mondim de Basto "a retirada da candidatura do PS à Assembleia de Freguesia de Ermelo". Porém, o PS mantém as listas para a Câmara e para a Assembleia de Mondim. Recorde-se que a Câmara de Mondim depende dos resultados da eleição em Ermelo. CDS-PP e PS estão separados por de 500 votos e aquela freguesia tem quase mil votantes.
JN