De acordo com a fonte, os dois elementos, interceptados sábado em Espanha junto à fronteira numa carrinha carregada de explosivos, vão ser entregues à Polícia Judiciária, que tomará conta deles até estar concluído o processo judicial que se segue.
Os suspeitos, um homem e uma mulher, entraram em Portugal na fronteira de Bemposta, e a fuga prolongou-se por várias dezenas de quilómetros até Torre de Moncorvo, no sul do Distrito de Bragança.
A fonte da GNR, força de segurança que conduziu a operação, disse à Lusa que estiveram envolvidas "quatro a cinco viaturas e foi necessário recorrer ao fogo (armas) para intimidar os fugitivos".
A fonte avançou ainda que o homem foi o primeiro a ser detido e a mulher depois.
As autoridades estão ainda a "recolher informações e a clarificar a situação", de acordo com a fonte, que adiantou à Lusa que os dois elementos deverão permanecer detidos em Portugal "pelo menos alguns dias".
Segundo disse, os presumíveis terroristas vão ser presentes a um tribunal português, depois Espanha deverá pedir a sua extradição, que será também analisada judicialmente e só ai serão entregues às autoridades espanholas".
O processo não deverá, disse a fonte, ser longo, já que os dois suspeitos não cometeram crimes em território português, embora um deles se faça acompanhar de documentos falsos, o que é crime.
A operação ocorreu entre as 22:00 e as 24:00 de sábado, depois de a Guarda Civil espanhola ter localizado uma carrinha carregada com explosivos em Bermillo de Sayago, Zamora, próximo da fronteira com o Nordeste Transmontano.
De acordo com o jornal El Mundo, cerca das 22:00 (21:00 em Lisboa), dois agentes da Guarda Civil, num controlo de rotina, decidiram mandar parar a carrinha, que levantou suspeitas por ter matrícula francesa.
A mulher seguia à frente da carrinha, num outro carro, também com matrícula francesa.
O condutor do veículo, presumível membro da ETA, segundo o jornal espanhol, conseguiu escapar aos polícias roubando-lhes o carro patrulha com o qual concretizou a fuga e entrou em território português.
A Agência Lusa contactou a Polícia Judiciária que se recusou a prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto.
Lusa
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Presumiveis+etarras+detidos+em+Torre+de+Moncorvo.htm