Segundo um estudo do Eurostat divulgado ontem, o consumo dos portugueses em restaurantes, cafés e similares já ultrapassa os 9,5% do orçamento familiar, um valor que duplica a média europeia, que apenas chega aos 3,9% do orçamento de gastos entre as famílias.
Já no que diz respeito a despesa sobre restaurantes e hotéis, corresponde a 10,8% do orçamento familiar. Este número é elevado face aos gastos dos restantes cidadãos da União Europeia (UE), onde a média se situa nos 5,3%.
Gastos significativos em saúde
O documento, a que o Destak teve acesso, mostra ainda que Portugal se destaca na liderança dos gastos no que aos médicos e farmácias diz respeito.
De acordo com o estudo, os europeus gastam, em média, cerca de metade do seu orçamento familiar nas despesas da casa (amortização, mobiliário, electricidade) e alimentação. Em Portugal, os pais gastam 1,7% da despesa total da família, com os filhos. E para o médico e farmácia, as famílias nacionais chegam a dar 6,1%, face aos 3,4% dos restantes países da UE. No que diz respeito ao carro e aos passes sociais, os portugueses chegam a abater 12,9% do seu orçamento.
Poupar em roupa e leitura
Mas se os portugueses gostam de ir comer fora não o fazem com fatos de gala. A prová-lo está o estudo do Eurostat, que coloca o nosso país em segundo lugar no ranking dos mais poupados na área do vestuário. Enquanto a Bulgária investe 3,1% a população lusa gasta 4,1% do orçamento.
Os lituanos são os que mais dispendem (7,9%).
De destacar ainda o facto de, apesar da elevada frequência de estabelecimentos de hotelaria, os livros, revistas e jornais raramente são levados na algibeira. Uma falta em que Portugal é acompanhado pela Roménia, Lituânia e Estónia. Somente 1% do orçamento destes países é dispensado para aquele tipo de literatura. Os malteses são os mais cultos (2,4) e os mais dados à aquisição de livros.
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