Portugal e Espanha num só país: Ibéria

O escritor Arturo Pérez-Reverte defendeu a existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha e Portugal, porque é «um absurdo» que os dois países vivam «tão desconhecidos um do outro».

«Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais», disse o escritor espanhol à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do romance «Um dia de cólera».

Para Pérez-Reverte, essa Ibéria não existe administrativamente, mas «qualquer espanhol que vem a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo».

«Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto», disse.

Ainda assim, disse que «é um absurdo que Portugal e Espanha vivam sempre tão separados, tão desconhecidos um do outro», já que deviam olhar para a Europa como ibéricos, porque o mundo de hoje «é um lugar de grandes mudanças sociais».

«Esse Ocidente pacífico, sereno, poderoso, com uma certa coerência cultural e social do século XX não poderá continuar. O Ocidente como o entendemos está na sua etapa final», disse.

Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase 30 idiomas. Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo editado romances como «O cemitério dos barcos sem nome», «Território Comanche», «O hussardo», «O pintor de batalhas» e os seis romances da série de aventuras «Capitão Alatriste».


in diario.iol.pt

nao posso crer
entao a nossa História?
D. Afonso Henriques que venha cá abaixo com a sua grande espada
a por ordem nestes reinantes de Leao

Desculpe quem é a favor, e defende que estamos tãp mal que só la vai se os espanhois tomarem conta disto, etc., etc., etc...

Mas este tipo de afirmações põe-me fora de mim!

Era asó o que faltava depois de tanta luta no passado para não lhes cairmos nas mãos, agora sermos 1 só país! é obvio que eles t~em vantagens em relacção a nós, e gradualmente iriamos desaparecer para eles aparecerem triunfante como grande nação!

Venham os argumentos que vierem, sei que estamos mal, e só recrimino que não nos orientemos á custa do passado glorioso que temos para melhor desenvolvermos, mas Portugal é Portugal. Acho sagrada a nossa identidade.

Choca-me imenso que alguém como o Saramago tenha defendido este tipo de coisas ( só vou fazer as pazes com os livros dele agora, porque na altura desejei nunca ter lido nenhum; mas não aguentei, e agora preparo-me para ler o Ensaio sobre a cegueira - mas continuo zangada c/ ele! )

E VIVA PORTUGAL!

Eu sou a favor
Neste momento acho que Portugal já é uma província espanhola sem qualquer regalia.
Se fosse um só País levaria algum tempo, mas acabaríamos por beneficiar
Ordenado mínimo, IVA, gasolina, electricidade, enfim ..

Tb não sou de acordo,desculpem mas não gosto nada do Saramago,eu acho-o muito arrogate,e como sinto antipatia por ele, não consigo ler os livros dele.

Também o acho arrogante, mas contra mim falo, gosto dos livros do homem.

Por isso vou mesmo ler o "Ensaio...", mas julgas que não fico revoltada comigo mesmo? Só me apetece espancar-me :tonga: , porque vou fazer algo contra as minhas convicções, mas não resisto e, confesso, ando mesmo em pulgas para começar

Eu também não gosto do Saramago, não consigo ler nada dele.
Agora a ideia de reunificação da Península Ibéria já é um assunto que acho perfeitamente discutível. Concordo plenamente com Escritor Péres-Reverte.
Sendo Portugal um único País tem diversos usos e costumes. Que seriam mantidos
Economicamente seria favorável uma Ibéria (ou outro nome qualquer). Teriamos mais força e poder dentro da UE.
A História nunca pode ser apagada. O passado de que muito me orgulho é imutável. Temos que olhar para o presente com olhos no futuro.