O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou, em Paços de Ferreira, que até ao final do ano o País estará equipado com 8.000 camas de Cuidados Continuados Integrados destinadas à população mais idosa.
"O trabalho não está ainda feito e estamos longe disso. Mas a verdade é que demos um impulso muito significativo", disse José Sócrates falando a propósito do investimento do Governo na Rede de Cuidados Continuados Integrados.
Actualmente, o país tem cerca de 3.500 camas desta valência, mas até ao final de 2008 serão disponibilizadas as restantes, 1.000 das quais no norte do país, no âmbito de contratos já assumidos pelo Governo.
O primeiro-ministro, acompanhado do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, inaugurou hoje a nova unidade de cuidados continuados criada pela clínica privada Radelfe, de Paços de Ferreira.
Este equipamento, com 43 camas, representa um investimento privado de 10 milhões de euros e vai criar mais de 50 postos de trabalho directos e 20 indirectos.
Tem 43 camas e está a funcionar de forma gratuita para os idosos internados no âmbito de um contrato celebrado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
José Sócrates lembrou que esta rede nacional de cuidados continuados integrados "permite responder aos casos de idosos que tendo uma doença aguda num hospital, ali permaneciam sem os cuidados de recuperação, de autonomia e independência, que lhes permitisse regressar a casa rapidamente".
Segundo números do Ministério da Saúde, desde 2005, a Rede de Cuidados Continuados Integrados já atendeu cerca de 26 mil pessoas em todo o país. No primeiro trimestre deste ano beneficiaram desta valência quase 1.200 idosos.
De 2007 para 2008 duplicou o número de internamentos.
O primeiro-ministro lembrou que quando "esta reforma se iniciou houve obstáculos e incompreensões", mas sublinhou que hoje "as pessoas compreendem que o Governo fez bem quanto juntou a Segurança Social e a Saúde".
"Talvez o aspecto mais difícil tivesse sido juntar a Segurança Social e a Saúde, que são hoje parceiros indispensáveis para que esta rede funciona bem. O que fizemos também valorizou os ideais de justiça e solidariedade da nossa sociedade", disse José Sócrates.
Para o primeiro-ministro, esta rede "espelha a evolução do Serviço Nacional de Saúde, que hoje tem uma melhor resposta para um problema que já existia e que se tem vindo a acentuar dado o envelhecimento da população".
José Sócrates também se congratulou com as parcerias do Governo com privados que têm permitido acelerar a ampliação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
"Temos a maior honra de poder contratualizar com privados algumas camas na nossa nova Rede de Cuidados Continuados Integrados. É da maior importância que o Serviço Nacional de Saúde possa dispor de instalações próprias, mas possa também fazer protocolos com privados para que estes investimentos privados de qualidade estejam ao serviço de todos os portugueses", concluiu.