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 A urtiga

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rya
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MensagemAssunto: A urtiga   A urtiga EmptyTer 4 Mar - 16:27

A URTIGA ou ORTIGA, essa maravilhosa "mal-amada"
(do latim "Urtica dioica")



História: Originária da Europa e da Ásia, a urtiga foi talvez das plantas que mais cedo começaram a ser utilizadas pelo Homem, pois desde a idade do bronze (4000-3000 a.C.) que se empregaram as fibras de urtiga no fabrico de vestuário; mais tarde igualmente no de papel.

Dizem que os soldados romanos, estacionados nas regiões setentrionais, cultivavam aí a urtiga, para depois se esfregarem com ela, a fim de suportarem melhor o frio. Aliás, o nome botânico da planta vem do latim urere, que significa "queimar" e tem a ver com o seu carácter urticante. Ainda na Roma antiga, o escritor Plínio o Jovem, que viveu no primeiro século da nossa era, dizia-se um grande apreciador de urtigas, e comia-as cozinhadas como se fossem espinafres.


Mais tarde, o cultivo da planta foi continuado em países como a Noruega, a Dinamarca e a Escócia, que com ela fabricavam fatos grosseiros para os marinheiros, e também redes de pesca. Mesmo depois do linho ter começado a ser mais apreciado, o fabrico de fibras de urtiga continuou até ao século XIX, especialmente na Escócia. Segundo as próprias palavras do poeta escossês Thomas Campbell - que viveu nos fins do século XVIII, princípios do XIX: "na Escócia, comi urtigas, dormi em lençóis de urtigas, e jantei sobre uma toalha de urtigas. Quando ainda é nova e tenra, a urtiga é um legume excelente... e lembro-me que a minha mãe dizia que, na sua opinião, os fatos de urtiga eram bastante mais resistentes do que os de linho". Também o escritor dinamarquês Christian Andersen, que viveu no século XIX, refere no seu conto "A princesa e os sete cisnes" que são feitos de urtiga os mantos que a princesa tece para libertar os irmãos do feitiço da madrasta.

Cultivo: A urtiga aficiona os terrenos húmidos, frescos, não muito expostos ao sol em chapa. Encontra-se por toda a parte, sobretudo nos terrenos incultos, nos bosques, nos atalhos dos campos. Planta vivaz e muito rústica (resiste até 45 negativos!), mal se lhe toca liberta uma substância urticante, que está na origem do seu nome. A urtiga multiplica-se por semente, divisão dos pés, ou por estaca. A distância entre as plantas deve ser de 30-60 cm.

Utilizações:Sendo a Escócia um dos países onde a urtiga foi, desde sempre, muito apreciada e cultivada, não é para admirar que um dos seus pratos tradicionais seja à base de urtigas; a que se junta alho francês, brócolos e arroz. Também na Rússia se emprega a urtiga para confeccionar o conhecido "chtchi". No fabrico de queijos, há quem use a urtiga em vez de coalho: embora a coagulação não dê o mesmo grau de satisfação, o queijo tem no entanto um gosto bastante agradável e muito especial.

Segundo parece, ainda hoje em dia os aborígenas da Austrália utilizam um unguento à base de urtigas para friccionar os entorses, e com as folhas fervidas fazem cataplasmas. Na Ucrânia, as urtigas servem para pintar de verde os ovos da Páscoa.

Para quem goste de jardinagem, esta planta - à primeira vista "indesejável" - é um maravilhoso auxiliar, especialmente na cultura biológica. Efectivamente, com uma decocção à base de urtiga podemos desembaraçar as outras plantas de doenças como o míldio, e também de parasitas como o piolho. A urtiga é também óptima para activar a decomposição do estrume orgânico, e alguns cientistas afirmam que o teor de óleos essenciais das plantas cultivadas na proximidade de urtigas é superior ao normal.

A urtiga é igualmente cultivada para a extracção da clorofila e como forragem para o gado bovino, para as aves, e para os coelhos.

As virtudes das urtigas: A urtiga é riquíssima em vitaminas, sobretudo as do grupo B, em minerais, oligo-elementos, aminoácidos e proteínas. É maravilhosa para combater a queda do cabelo e a fragilidade das unhas, devido à presença do ferro, do silício e das vitaminas B2 e B5, pelo que tem um excelente poder de remineralização. Como é igualmente rica em vitamina C, indispensável para uma boa absorção do ferro, torna-se um forte inimigo da anemia e dos problemas circulatórios, sendo recomendada para um bom equilíbrio feminino aquando da menopausa.

Verificou-se ainda que a planta estimula a secreção láctea, reduz o teor de ácido úrico e também o de açúcar no sangue, e tem um papel eficaz no alívio das artroses, crises de gota e artrites, bem como outras manifestações reumáticas. As cataplasmas de folhas de urtiga têm grande efeito sobre os eczemas e outras doenças da pele.

A urtiga tem ainda propriedades depurativas do sangue, fazendo baixar o teor de glucose no sangue e estimulando a irrigação sanguínea de todas as partes do corpo. É uma planta indispensável ao metabolismo e à saúde do sistema vegetativo. Combate também o entorpecimento dos membros.

A minha própria experiência: Por volta dos 50 anos comecei a beber infusões de ortiga. Devo prevenir que é uma bebida muito sem gosto, mas bebi-a como se fosse outro remédio. Depois acostumei-me e há já muito que não me afecta o seu gosto sensaborão. O meu prequeno "sacrifício" valeu a pena, pois apesar de descender de uma família em que as descalcificações e osteoporoses são hereditárias, eu tenho um esqueleto "mais sólido do que muitas mulheres de quarenta anos", segundo diz o médico. Verifiquei igualmente uma melhoria sensível quanto aos meus cabelos, que têm aspecto mais saudável agora do que quando eu era jovem, por muito estranho que isso possa parecer.

Aplicações práticas das urtigas:

Para substituir o coalho no fabrico de queijo
1/4 l de infusão de urtiga, bem concentrada
50 g de sal
Utilizar 1 colher de sopa desta infusão por cada 2 litros de leite.
http://www.dulcerodrigues.info/plantas/pt/alho_pt.html

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