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A secretária-geral do Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA), Sara Mendes, informou que mais de meia centena de automobilistas queixaram-se do facto de certas gasolineiras venderem combustível misturado com água.De acordo com a responsável, entre 2000 e 2006, a CASA recebeu queixas de condutores que afirmam que dizem ter escolhido um posto de abastecimento que vendia combustível adulterado.
Conforme explicou, citada pela agência Lusa, «as pessoas abastecem e depois de andar alguns quilómetros o carro pára. Como o carro não tinha qualquer problema até então, desconfiam que o problema só pode vir dali».
Sara Mendes adiantou que, nos veículos movidos a diesel, a introdução de substâncias impróprias levou a «reparações avultadas no sistema de injecção» e nos veículos a gasolina e «reparações no motor».
Por sua vez, o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC), Augusto Cymbron, garantiu não ter recebido qualquer queixa até hoje, assegurando, também, que os «postos associados da ANAREC são bandeiras conhecidas que não o fazem», reconhecendo, no entanto, que «neste país tudo pode acontecer».
A responsável da CASA disse, porém, que «as análises técnicas confirmaram que o combustível tinha água ou outros aditivos», afirmando, por outro lado, que quase metade dos casos foram arquivados por recusa da uma das partes. «Apenas dois casos foram resolvidos por mediação», disse.
Para detectar se existem substâncias danosas para os carros nos combustíveis, o presidente da ANAREC salientou que «existe uma sonda electrónica que detecta a presença de água nos combustíveis e os postos devem fazê-lo».