A adesão à greve dos funcionários da recolha de lixo e da limpeza das ruas em Lisboa, no turno da noite, foi superior aos 90 por cento. O número foi avançado pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Munícipios de Lisboa. Joaquim Jorge afirma que de 108 carros só dois entraram ao serviço.
No turno da noite os trabalhadores da limpeza urbana de Lisboa estiveram praticamente todos parados.
«Nas garagens temos uma adesão à greve de 96 por cento. Nas zonas de limpeza, onde trabalham os cantoneiros, ronda os 90 por cento. Seguramente que os números nocturnos se vão manter durante o dia», explicou o dirigente sindical.
O protesto destes trabalhadores municipais visa contestar a alegada intenção de privatizar os serviços de recolha de lixo e limpeza das ruas em algumas zonas, e ainda reclamar a contratação de 200 cantoneiros e a aquisição ou reparação de meios materiais e equipamentos.
«O serviço público de limpeza deve manter-se na CML», já explicou António Costa, mas os trabalhadores da limpeza urbana de Lisboa não estão convencidos.
O presidente da câmara de Lisboa garantia, na segunda-feira, que só existem estudos sobre uma possível privatização do sector da recolha do lixo, mas o sindicalista Joaquim Jorge assegura que o processo está já mais adiantado.
«António Costa não tem só o estudo, já há um caderno de encargos elaborado, nomeadamente para a Baixa-Chiada, com o montante envolvido que ronda os três milhões de euros para três anos», disse.
O objectivo dos trabalhadores, acrescentou Joaquim Jorge, é que o presidente da Câmara de Lisboa abandone «a intenção de privatizar uma zona, uma rua que seja da cidade».
A greve prolonga-se até á próxima quinta-feira.
Fonte:TSF