A Federação das Empresas de Construção Civil sugere um adiamento da última fase da lei sobre a qualidade do ar no interior das habitações. A partir de um de Janeiro para serem alugados ou vendidos, todos os edifícios têm de ter um certificado de eficiência energética, que faça prova de que foi construído de modo a não desperdiçar energia.
Até ao momento, o documento só é exigido para os edifícios novos, mas com a chegada do novo ano, todas as habitações vão ser obrigadas a tê-lo.
Reis Campos, presidente da Federação das Empresas de Construção Civil e Obras Públicas considera que não há condições para que a lei seja aplicada, diz que faltam técnicos para passar os certificados e sugere por isso um adiamento.
«Hoje temos um número de peritos na ordem dos 400, estimávamos que o número de peritos necessários ascendia aos 2000, parece-me neste momento evidente que não estão preenchidos os pressupostos necessários ao funcionamento» do sistema.
Os empresários da construção civil sublinham ainda que com a nova lei o preço das casas tende a aumentar.
«Estes custos acrescidos que não têm razão de existir vão prejudicar o acesso às casas», disse o responsável, sublinhando o abrandamento no sector imobiliário que decresceu 35 por cento em sete anos.
Contactada pela TSF, a Agência para a Energia, a quem compete esta certificação, admite algumas dificuldades iniciais, mas afirma não ter indicação de que as novas regras possam ser adiadas.
A agência informa ainda que dispõe de 500 técnicos e que outros tantos vão ser contratados em breve.