Os computadores Magalhães estão a chegar muito devagar às escolas, o que está a levar as escolas a tomarem diferentes atitudes para ultrapassar o problema. A Confederação das Associações de Pais diz que o processo está a correr mal.
Os computadores Magalhães estão a chegar muito devagar às escolas e por isso nem todos os alunos que pediram o portátil já o obtiveram.
Para não criar uma situação de desigualdade, os estabelecimentos de ensino estão a optar por não entregar os Magalhães aos alunos ou então não permitem que sejam levados para as aulas.
Numa escola do concelho de Moimenta da Beira, já chegaram oito computadores para 26 alunos, o que levou os professores a preferirem reencaminhá-los para a sede do agrupamento, enquanto não cheguem os restantes, uma decisão seguida noutras escolas.
Contudo, em Cinfães, onde chegaram 42 computadores para 156 alunos, a decisão acabou por ser diferente, com os professores a decidir fazer a distribuição por uma questão da segurança.
Marina Fátima, coordenadora do complexo de escolas da sede do concelho, diz que os portáteis deviam ser usados nas aulas, mas as ordens foram para que ficassem em casa.
«Deveriam estar na escola, mas numa situação onde há numa turma um ou dois alunos a terem o computador e depois 20 que estão a olhar é complicado gerir isto porque são crianças», explicou.
«Tentamos gerir de uma forma que achamos que eles compreenderiam melhor, apesar de alguns terem reagido bastante mal», acrescentou Marina Fátima.
A Confederação das Associações de Pais tem conhecimento desta situação e considera que o processo está a correr mal, originando vários problemas como o facto de já terem chegado computadores em excesso a algumas escolas, que os estão a guardar.
Como os computadores «não chegam para todos apesar de todos os terem pedido as escolas também não os entregam. Em alguns momentos, as escolas entregam e dizem que têm os computadores, mas não estão a utilizá-los», explicou Albino Almeida.
Perante estas situações, o presidente da Confap pediu para que seja clarificado o modo como este processo vai decorrer «para se transmitir mais confiança aos pais e aos alunos porque em boa verdade isto não está a correr bem».