O Ministério da Saúde decidiu controlar a pontualidade de médicos e enfermeiros com um sistema de controlo electrónico, mas cerca de um ano depois a medida ainda não foi colocada em prática em todos os hospitais. O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considera que este dinheiro está a ser mal gasto.
O bastonário da Ordem dos Médicos não tem dados sobre a aplicação deste sistema, mas Pedro Nunes afirma estar certo que a medida do Governo não aumentou a produtividade dos hospitais.
«Foi dinheiro inútil quando falta dinheiro para tantas coisas no Sistema Nacional de Saúde, gasta-se numas maquinetas que não servem para nada a não ser para irritar as pessoas», considera Pedro Nunes.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Mário Jorge Neves, estima que o sistema só tenha chegado a metade das unidades hospitalares.
«Não tenho uma noção de valores numéricos a nível nacional, mas é uma situação que é capaz de estar repartida entre o número dos que já têm e os que não. Existem muitas unidades hospitalares em que esse sistema não está instalado», salienta.
O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares acredita que a maioria das unidades já tenha aplicado o sistema, mas admite que ainda não chegou a todos.
«Alguns hospitais tiveram algumas dificuldades, foi preciso criar regulamentos internos, mas de um modo geral as informações que tenho é que o processo está a ser efectivado», salienta Pedro Nunes.
A TSF procura agora os dados do Ministério da Saúde sobre o sistema para controlar a assiduidade de médicos e enfermeiros.