O primeiro-ministro anunciou hoje benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares, programa que pretende atingir 65 mil habitações em 2009, num investimento de 225 milhões de euros.
José Sócrates afirmou ainda que o Governo vai ordenar a realização de auditorias sistemáticas de eficiência energética nos edifícios públicos a partir de Março, abrangendo hospitais, universidades e instalações de Defesa Nacional.
As medidas do programa do Governo para a energia foram anunciadas por José Sócrates na sua intervenção inicial no debate quinzenal, na Assembleia da República, dedicado ao tema da economia.
Segundo o líder do executivo, as famílias que entenderem instalar em 2009 painéis solares térmicos nas suas casas contarão "com um triplo benefício".
"Pagarão menos de metade do custo do equipamento; verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20 por cento; e terão ainda um benefício fiscal de 30 por cento do custo de investimento do primeiro ano", apontou.
Neste capítulo, Sócrates adiantou também que estas famílias poderão recorrer ao crédito bancário para financiamento dos painéis "em condições preferenciais já a partir do próximo mês".
Sócrates disse depois que a meta é instalar painéis solares "em mais de 65 mil habitações".
"O investimento previsto chegará aos 225 milhões de euros, cabendo ao Estado uma comparticipação na ordem dos 100 milhões de euros. Estima-se também a criação de cerca de 2500 postos de trabalho", sustentou.
A par das medidas para os particulares, o primeiro-ministro referiu que a primeira etapa do programa de eficiência energética para os edifícios públicos, a partir de Março, prevê auditorias sistemáticas a 100 edifícios públicos, que são considerados grandes consumidores de energia, entre os quais se contam universidades, hospitais ou instalações de Defesa nacional.
"Logo de seguida, arrancarão as obras necessárias para que estes edifícios passem a cumprir as regras da eficiência energética", complementou.
Num debate dedicado ao tema da economia, o primeiro-ministro referiu que a actual crise económica mundial exige "investimento".
"Investir nas escolas e na qualificação, investir nas redes de nova geração, investir na eficiência energética e nas energias renováveis", apontou.