Diogo, o menino de quatro anos, que no domingo desapareceu

Matosinhos: Drama abate-se sobre família de jogador do Atlético de Madrid
Simão perde sobrinho.


Simão Sabrosa, o tio de Diogo, o menino de quatro anos, que no domingo desapareceu na praia de Lavra, em Matosinhos, juntou-se ontem à tarde ao irmão, junto do local das buscas, para partilhar a dor da família.


A operação de resgate do pequeno Diogo decorreu durante dez horas, no mar, em terra e no ar, mas os vestígios da criança foram apenas sinalizados junto às rochas, pelos seis cães de busca e salvamento. Os mergulhadores bateram a zona e o fundo do mar sem obter resultados. 'Procura o bebé', dizia o treinador do ‘Shenep’, o cão-d’água português que 'marcou' várias vezes o local que os moradores da zona de Lavra chamam de 'poço da morte'.

Foi lá que Diogo foi visto pela última vez a debater-se com a fúria do mar, na tarde de anteontem. O menino, sobrinho do jogador Simão Saborosa, jogava futebol com o pai e os amigos, trigémeos de sete anos, quando a bola foi parar à água. Todos tentaram recuperá-la e todos foram abalroados por uma onda. Serafim Sabrosa conseguiu salvar os trigémeos, mas já não alcançou o filho. Eram 17h10.

Ontem, por volta da mesma hora, a família de Diogo reuniu-se na praia, a olhar para o local sinalizado. Foram visíveis momentos de dor, lágrimas e desespero, envolvidos num silêncio e entrecortados por uma aparente oração. Antes, Simão Sabrosa tinha estado na Capitania de Leixões para se inteirar das operações de busca e resgate do sobrinho. Simão, jogador do Atlético de Madrid, estava acompanhado da mulher Filipa e amigos espanhóis. Os irmãos e restante família partilharam a dor durante cerca de 20 minutos, de olhos postos no mar. Poucas palavras e expressões de angústia.

Apesar das críticas ouvidas sobre a demora na chegada dos meios de socorro, as autoridades marítimas garantem que os meios só demoraram a chegar ao local cerca de 15 minutos. Moradores da zona dizem que foi mais. 'Foi o tempo útil para chegar à praia', garantiu Paulo Isabel, comandante adjunto da autoridade marítima. As buscas continuam hoje.

PAIS COM APOIO PSICOLÓGICO

Serafim e Bernardete, pais de Diogo, evitaram olhares curiosos. Estiveram quase sempre recolhidos numa zona vedada pelas viaturas do INEM e sempre acompanhados por psicólogos. Saíram deste resguardo poucos momentos, para pisar o areal e tentar perceber como decorriam as operações de busca. Com o passar das horas e sem resultados, o desespero do casal foi aumentando. A chegada de Simão acabou por originar uma reunião de família, antes de abandonarem a praia da Quebrada, pelas 19h00.

mais uma desgraça!

É uma situação terrível...

Não imagino o desespero

Que deve ser uma dor enorme deve...mas estar a jogar á bola,e a bola ir para a água...e as crianças..uma de 4 anos ir atrás da bola ao ponto de desaparecer!!!
No minimo estranho,não consigo perceber tal coisa. Para uma onda levar as crianças e adultos...era uma onda grande imagino e não devia ser á beira da água concerteza!
Com isto só quero dizer,que acho que se não fosse sobrinho do Simão já o país andava a cruxificar estes pais.

Estas coisas acontecem,ng está livre. E lamento bastante,espero que o menino seja encontrado bem.

Não é preciso muito para uma pessoa, mesmo adulta, ser puxada para o mar. Já me aconteceu muitas vezes no Algarve, onde dizem que o mar é calmo, estar à beira da água e vir uma onda rasteira com uma força incrível, e eu evito de ser puxada pela onda, enterrando imediatamente os pés na areia.

Este episódio decorreu em Matosinhos, onde o mar é muito revolto. Acho que bastaria uma dessas ondas rasteiras (que se estendem por muitos metros na areia) , para apanhar as pernas do menino e o arrastar para o mar, embrulhando-o de seguida num remoinho. A partir daí, é muito difícil...

Eu não consigo culpar os pais, poque pelo que sei, o pai do menino estava a brincar com eles. Salvou as outras 3 crianças e perdeu o seu filho... Acho que é triste demais...

Tb aconteceu á minha filha mais velha em Albufeira,nessa altura a minha filha tinha uns 13 anos,e tb veio uma onda e levou-a,a sorte foi que ela conseguiu agarrar-se ás cordas,e eu sem dar por nada,só soube quando ela apareceu ao pé de nós.
Estas coisas acontecem tão rápido,tão rápido,quem somos nós para julgarmos os outros.


Só vos digo que fiquei com muito medo,e como a Elsinha diz,que o mar no algarve é calmo,e era no verão.
A minha filha diz que foi o maior medo que teve na vida.

Eu tenho medo,e muito respeito ao mar.

Não estava a julgar,tb tenho respeito ao mar.
Mas acho estranho acho. Já ouvi dizer que estavam a passear,depois estavam a jogar á bola,depois estavam nas rochas...mas tenho muita pena tenho.
E é triste sim,ter salvo os outros meninos e n ter conseguido salvar o filho.