A União Europeia (UE) decidiu, esta segunda-feira, abandonar a polémica directiva que permitia o alargamento do horário de trabalho para as 65 horas semanais. Trata-se de uma proposta que nunca mereceu o acordo do Governo português e de muitos eurodeputados.
Depois de cinco anos de negociações e muitos debates marcados por polémicas, a União Europeia decidiu abandonar a directiva que permite alargar o horário semanal de trabalho das 48 para as 65 horas, e desde que existisse acordo entre o patrão e o trabalhador.
Um proposta directiva que nunca mereceu o acordo do Governo português e de muitos eurodeputados.
O social-democrata, Silva Peneda, que integra o grupo do PPE (Partido Popular Europeu), justificou à TSF a posição dos parlamentares na Comissão de Conciliação em Bruxelas.
«A base jurídica tem a ver com a saúde e segurança no local de trabalho, nem ninguém acredita que a produtividade ou competitividade de um país vai aumentar na Europa por se trabalhar mais», afirmou.
Esta é a primeira vez que o Parlamento e o Conselho europeus não chegam a um acordo.
Silva Peneda explicou o que falhou para não ter sido alcançado um acordo.
«Uma minoria do Conselho foram de uma rigidez total e como estava em causa algo de principios fundamentais em termos de valores que são responsáveis pela criação e consolidação do modelo social europeu», sublinhou.