A ministra da Educação defende que a generalização do computador Magalhães aos alunos do 1º ciclo foi "uma boa medida" apesar dos "muitos percalços", sublinhando que a decisão do Governo sobre este programa teve de ser "muito rápida".
"Mas foi uma boa medida. (...) A nossa ambição foi muito grande e tivemos de tomar uma decisão muito rápida. Nada estava preparado para esta medida, mas procurámos fazer o melhor sendo que tivemos muitos percalços, [por exemplo] de organização da logística", afirma Maria de Lurdes Rodrigues, em entrevista à Agência Lusa.
A titular da pasta da Educação explica que era necessário decidir rapidamente se era "o mercado" que tratava deste assunto, o que impedia que todas as crianças tivessem acesso ao portátil, ou se era o Governo que tomava uma medida.
"Fazer da escola o centro da utilização do Magalhães. É isso que de facto permite que as crianças não fiquem entregues às condições de origem que já têm. Essa é a mais valia deste projecto. É aquilo que vai permitir que as crianças tenham enquadramento para utilização do computador e que possa ser utilizado para fins pedagógicos", afirma, reconhecendo que esta questão criou "muitas dificuldades".
Maria de Lurdes Rodrigues sublinha que mais de 400 mil crianças aderiram ao programa, que considera um meio "poderosíssimo" que pode fazer com que tudo mude: "Pode fazer com que uma criança que tem dificuldade a aprender a ler aprenda mais rapidamente e melhor".