Nuno Ribeiro foi apanhado nas malhas do doping (eritropoetina, também conhecida por EPO) e deverá perder o título de vencedor da última Volta a Portugal para David Blanco (Palmeiras Resort/Prio/Tavira). O controlo foi efectuado pela União Ciclista Internacional (UCI) dois dias antes da Volta e o caso ditou a saída imediata da Liberty Seguros da modalidade.
A notícia foi avançada pela rádio Voz da Planície, de Beja, e posteriormente confirmada pelo director da equipa, Américo Silva. "Esse controlo foi feito dois dias antes da prova. Tivemos a informação ontem. Entrámos em contacto com o patrocinador principal e acabámos logo com a equipa, pelo respeito e pelo muito que este nos tem dado, e também como sinal de respeito pelo ciclismo português", disse o líder da equipa, sublinhando que mesmo com uma eventual contra-análise favorável ao ciclista a saída é irreversível: "Nem temos outra hipótese. Da nossa parte já estavamos avisados que, assim que acontecesse um problema deste género, seria suspenso o patrocínio principal. Iremos desde já sair da competição e nem pensamos sequer em encontrar outro patrocinador."
José António de Sousa, presidente executivo da Liberty, confirmou a tolerância zero da empresa relativamente ao doping. "É com enorme tristeza que tomamos conhecimento desta situação. A promoção do ciclismo sempre foi um compromisso que assumimos com a equipa, com os nossos colaboradores e com os portugueses em geral. Não podemos nunca permitir uma situação destas", frisou.
Por outro lado, Nuno Ribeiro limitou-se a confirmar a notificação do caso e vai ausentar-se das próximas provas. "Foi antes da Volta, num controlo fora da competição. Mas, ainda não sei de nada, estava a correr e apenas fui informado”, disse o ciclista à Lusa, garantindo que já não participará no Mundial de ciclismo entre 23 e 27 de Setembro em Mendrisio (Suíça).
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