Um pouco por todo o país, as chuvas e os ventos fortes de terça-feira e da madrugada de quarta-feira deixaram marcas.
No distrito de Beja, vários habitantes de Sobral da Adiça, no concelho de Moura, estão a ser retirados das suas casas, na zona mais baixa da aldeia, depois da ribeira local ter transbordado e provocado inundações, revelaram os bombeiros.
"Caiu uma chuva bastante intensa, a meio da manhã, e fez transbordar a ribeira do Sobral, provocando algumas inundações de casas", revelou à agência Lusa o segundo comandante distrital de Beja das Operações de Socorro, Carlos Pica.
O mesmo responsável adiantou que vários meios dos bombeiros estão, no terreno, a retirar as pessoas dessa zona e a levá-las "para pontos mais altos" da aldeia, assim como a "controlar e monitorizar a situação".
"Mas, segundo a informação de que dispomos, não temos vítimas, nem feridos, nem nada de mais grave", sublinhou, explicando, contudo, que "só depois da situação acalmar" é que será feito "um balanço mais preciso".
Em Viseu, o troço da EN 222, entre Torrão e a barragem de Bagaúste, está cortado ao trânsito devido a um deslizamento de terras, em consequência das fortes chuvas que, esta madrugada e manhã, afectaram o distrito.
Os bombeiros do Peso da Régua receberam 30 pedidos de ajuda por causa de inundações, quedas de muros e pequenas derrocadas provocadas pela "chuva torrencial" que caiu durante a noite naquele concelho.
O comandante da Régua, António Fonseca, disse à Lusa que uma equipa de 27 bombeiros percorreu o concelho durante a noite, madruga da e manhã para dar resposta aos pedidos de ajuda resultantes do "forte temporal" que se abateu na região.
A água entrou em algumas casas de habitação, estabelecimentos comerciais e afectou ainda a Estação dos Correios, uma situação que, segundo o responsável, foi provocada pela falta de limpeza dos caleiros e sarjetas que dificultou o escoamento.
António Fonseca falou ainda em carros atolados na lama, pequenas derrocadas e quedas de muros que atingiram diversas vias de acesso e caminhos rurais nas freguesias envolventes à sede do concelho.
Nos concelhos do Porto, Matosinhos e Gaia também ocorreram pequenas inundações da via pública, infiltrações, quedas de árvores e pedras.
No distrito da Guarda há registo, igualmente, de inundações da via pública, infiltrações e quedas de árvores.
Na Covilhã, os bombeiros voluntários têm estado a acudir a várias inundações desde as 06:30 devido a chuva forte, mas sem gravidade, disse à Lusa fonte do CDOS. Os pedidos de ajuda no concelho da Covilhã têm surgido sobretudo na freguesia do Tortosendo, acrescentou.
Apesar da chuva não ter caído com intensidade em Lisboa, os bombeiros registaram apenas "dois ou três casos" sem gravidade devido a sarjetas e algerozes entupidos.
No que diz respeito ao trânsito na capital, fonte da PSP referiu ter registado alguns acidentes, "pequenos toques, alegadamente por causa do piso molhado".
A chuva que caiu terça-feira à noite em Guimarães causou cerca das 22:00 também várias inundações no parque de estacionamento do Centro Comercial S. Francisco, em habitações e na via pública, de acordo com fonte dos bombeiros daquela cidade.
Os Bombeiros Voluntários de Guimarães receberam também vários pedidos de auxílio devido a pequenas inundações, infiltrações e sarjetas entupidas, estando agora a situação mais calma.
A chuva intensa provou cheias no Ribeiro de Couros e inundações em dezenas de casas e estabelecimentos comerciais.
Os ventos fortes causaram a queda de árvores, tendo mesmo cortado ao trânsito a estrada nacional 101, que liga Guimarães a Braga.
"Durante a noite e esta manhã, recebemos dezenas de pedidos de ajuda", referiu fonte dos Bombeiros Voluntários de Guimarães.
Fonte: Jornal de Noticias Online