O Governo do Haiti declarou o estado de emergência no país, após o violento sismo de terça-feira que de acordo com o último balanço oficial matou 100 mil pessoas. A data da Conferência de Doadores para ajudar a população atingida pela tragédia foi marcada para o dia 25 de Janeiro na cidade canadiana de Montreal.
O governo do Haiti decretou o estado de emergência no país até ao fim de Janeiro, bem como luto nacional durante um mês, após o violento sismo de terça-feira que matou 100 mil pessoas, segundo o último balanço do ministro do Interior haitiano, Antoine Bien-Aimé.
Um total de 70 mil mortos foram sepultados até ao momento em valas comuns no Haiti, enquanto o Governo decretou o estado de emergência até ao fim do mês, o que implica a proibição de manifestações, reuniões e concentrações de grupos de pessoas nas ruas, e impõe restrições à difusão de informação.
O objectivo, segundo as autoridades haitianas, é garantir a ordem pública e a paz social que estão ameaçadas por calamidade natural.
Estima-se que o número de vítimas seja superior aos números avançados oficialmente e entre os escombros é cada vez mais difícil encontrar sobreviventes, como explica o enviado especial da TSF e Jornal de Notícias ao Haiti, Alfredo Leite.
A situação é também dramática nos hospitais, que se debatem com falta de medicamentos e recursos humanos. A ajuda humanitária tarda em chegar à população, acrescenta Alfredo Leite, sublinhando que se vive o «caos» no país.
O Governo do Haiti anunciou a abertura de 280 centros de distribuição de ajuda alimentar para tentar acalmar os ânimos num país onde a população está desorientada e luta, muitas vezes com agressividade, pelos bens essenciais, descreve o enviado especial da TSF e JN.
Para debater a ajuda internacional ao país, está marcada para 25 de Janeiro em Montreal uma reunião dos países que estão a contribuir com ajuda para o Haiti, na qual vão estar presentes o primeiro-ministro haitiano, Jean-Máximo Bellerive, e a secretária de Estado americana Hillary Clinton.