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 Dia da terra

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rya
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MensagemAssunto: Dia da terra   Dia da terra EmptyQui 22 Abr - 13:59

DIA DA TERRA 2010: A GERAÇÃO VERDE E O VELHO "NOVO PARADIGMA"
“O 40º aniversário do Dia da Terra em 2010 será reconhecido por futuras gerações como um ponto de giro do mundo, e por um deslocamento para a sustentabilidade global simbolizada pelo nascimento da Geração Verde” (Earth Day Network: 2009).

Por Valdecir Miranda Barbosa*

Uma Breve História do Dia da Terra

O sol irradia cerca de 174.423.000.000.000
kWh. Desta, entre 1 a 2% é convertida em
energia eólica, a qual é cerca de 50 a 100
vezes superior a energia convertida em
biomassa (0.011%), por todas as plantas da
terra (Fonte:Wikipédia).
Photo by D. Urness.Dia da Terra, 22 de abril de 1970 foi o nascimento do moderno movimento ambientalista nos Estados Unidos. O fundador Gaylord Nelson, em seguida, um senador de Wisconsin, recorda a sua motivação para propor o primeiro protesto ambiental nacional: “O objetivo era o de organizar uma manifestação nacional de preocupação para o meio ambiente tão grande que agitasse o estabelecimento político e vigorasse este tema na agenda nacional.” Foi uma aposta, mas funcionou.

Em 22 de abril de 1970, 20 milhões de americanos saíram para as ruas, parques e auditórios para demonstrarem sua simpatia em nome de um ambiente saudável e sustentável. O primeiro Dia da Terra levou à criação da Environmental Protection Agency (EPA) – Agência de Proteção Ambiental na tradução livre -, e a passagem de vários diplomas legais de cunho ambiental importantes nos EUA, com o Clean Air Act, a Clean Water Act e o Endangered Species Act.

Em 1990, Dia da Terra foi global, com 200 milhões de pessoas de 141 nações participantes. Milhares de atividades tiveram lugar no mundo, incluindo exposições, plantações de árvores, Feiras da Terra, limpeza de rios, e eventos culturais patrocinados pelo governo e iniciativa privada. Este popular internacional de preocupação com o meio ambiente elevou o status das questões ambientais em todo o mundo e levou alguns governos a criação de agências de proteção ambiental.

Este ano, a data marcou o inicio da campanha bienal The Green Generation™️ (A Geração Verde, na tradução livre), que culminará com o 40º aniversário de sua comemoração em 2010. A campanha defende os princípios de um futuro livre de carbono baseado na energia renovável; uma autorização individual ao consumo responsável; e a criação de uma nova economia verde que ajude povos saírem da pobreza.

O Novo Paradigma
Paradigma (do grego Parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas (Wikipédia).

Esta campanha, que é promovida pela Earth Day Network (EDN) – Rede do Dia da Terra na tradução livre, organização que promove a ação ambiental progressiva do ano e a cidadania no mundo inteiro -, propõe uma mudança de paradigma, pois segundo Lambert, et al. (2008), “[..] enfatiza a qualidade em vez da quantidade, a regeneração – de indivíduos, comunidades e ecossistemas -, em vez do acúmulo de riqueza ou de materiais”. Este “impasse” me remete a questão levantada pelo jornalista e professor de comunicação, Fernando Pachi, em matéria publicada pela revista Scientific American Brasil, edição especial nº 19 de 2007, referindo-se ao quanto nós estamos dispostos a mudar, para garantir o futuro do planeta e das próximas gerações?

Como o desenvolvimento tecnológico e o atual conhecimento ciêntífico, hoje já é possivel ter acesso a relatórios que retratam o impacto humano no meio ambiente, cada vez mais detalhados e com indices menores de incertezas, os quais, desde os primeiros já alertam sobre o modo insustentável o qual tomamos rumo. Para o cientista político e diretor do site O Eco, Sérgio Abraches, também em matéria publicada pela Scientific American Brasil, edição especial nº 19 de 2007, “hoje, só há dois caminhos para as sociedades humanas: adotar políticas conscientes e deliberadas para a máxima mitigação possível das emissões de gases de efeito estufa e para a adaptação necessária ao aquecimento global, ou enfrentar suas conseqüências irrefreadas e progressivamente mais forte no futuro breve”.

Na Prática
Segundo o jornalista especializado em divulgação científica, mestre e doutor em ciências pela Univesidade de São Paulo e editor da Scientific American Brasil, Ulisses Capozzoli, “a cesta de medidas ajustadas ao perfil brasileiro de emissões de carbono é de menor custo, não representam sacrifício do crescimento da economia ou do bem-estar”, além, de criar oportunidades para o desenvolvimento local, como os mercados de carbono, serviços de ecossistemas, e a agricultura familiar, mesmo porque, “grande parte das coisas que o Brasil precisa fazer para se tornar uma sociedade de baixo carbono, ele deveria fazer de qualquer forma, mesmo na ausência da ameaça climática”, enfatiza Capozzoli.

É verdade que a maior responsabilidade pela redução do carbono no Brasil, de acordo com Capozzoli, “[…] é do governo federal, em função do poder regulatório muito concentrado na União”. No entanto, isto não nos exclui da responsabilidade, enquanto consumidores cidadãos, de nos esforçarmos para reconhecer, segundo o Instituto Akatu, “a relação direta de cada indivíduo com o coletivo e as gerações futuras”, legitimando assim o estado de direito, “ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida”, previsto pela Contituição Federal, Capítulo IV, Art. 225. Mesmo porque, independente de posição geográfica, etnia ou classe social, somos todos um só planeta.
Ora, se a mudança está dentro de cada um, então, é provável que, a melhor maneira de prever o futuro, seja mesmo criar.








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