A eliminação de alguns e a mobilidade de quase todos os feriados, civis e religiosos, para evitar as "pontes" vai ser levada ao Conselho de Concertação Social.
A ideia, que teve origem num projecto de resolução apresentado pelas deputadas católicas independentes eleitas pelo PS, Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro, teve hoje, quinta-feira, luz verde da bancada socialista para avançar e passa por eliminar quatro feriados e transferir os outros de forma a inviabilizar as “pontes”.
De acordo com o vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Ricardo Rodrigues, “o projecto obteve consenso dos deputados presentes na reunião da bancada, que decorreu ao fim da manhã de hoje, quinta-feira.
“O projecto de resolução irá avançar e, nesse sentido, foi sugerido às duas deputadas que estabeleçam conversações com os restantes grupos parlamentares, no sentido de se procurar o maior consenso possível”, afirmou Ricardo Rodrigues aos jornalistas, adiantando que, posteriormente o Governo levará o assunto à Concertação Social.
A lista dos feriados a eliminar, preferencialmente dois civis e dois religiosos, só será estabelecido após as conversações com os parceiros sociais e com a Igreja Católica. Para já, as autoras do projecto de resolução, consideram apenas “intocáveis” as celebrações do 25 de Dezembro e do 1 de Janeiro, e propõem que sempre que um feriado, religioso ou civil, calhe numa quinta-feira ou numa terça, passe para a segunda seguinte. Pode, por isso acontecer que o 25 de Abril possa ser comemorado, por exemplo, a 26.
"O importente é que se comemore a Liberdade e não o dia exacto", justificou Ricardo Rodrigues.
A argumentação de Teresa Venda relaciona-se com a situação económica do país, ao afirmar que ?evitando-se as ponte, da-se um passo no sentido do aumento da produtividade nacional?.
JN