O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, confirmou hoje que a greve geral acordada com a UGT se vai realizar dia 24 de Novembro, a mesma data em que as duas sindicais realizaram uma paralisação geral conjunta no ano passado.
A data foi confirmada esta manhã no Conselho Nacional da CGTP. A UGT deverá confirmar publicamente esta data numa conferência de imprensa com o secretário-geral, João Proença, ao início da tarde.
A greve geral será a terceira promovida entre as duas sindicais, depois de, em Novembro do ano passado, a CGTP e a UGT terem, passado 22 anos, voltado a organizar uma paralisação em conjunto. A 24 de Novembro de 2010 terão participado na greve cerca de três milhões de trabalhadores, segundo números das centrais sindicais que o então Governo de José Sócrates contestou na altura.
Desta vez, as sindicais decidiram reunir para concertar acções de luta logo que o primeiro-ministro antecipou algumas medidas de austeridade previstas no Orçamento do Estado para 2012 – os cortes (integrais ou parciais) nos subsídios de Natal e férias que vão afectar cerca de um milhão e meio de pessoas em 2012 e 2013.
A realização de uma greve geral sempre foi uma hipótese forte e o dia 24 de Novembro simbolicamente uma data que a CGTP e a UGT admitiram depois de Carvalho da Silva e João Proença acordarem a paralisação na última segunda-feira.
A partir daí, o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde anunciou que vai aderir à greve. Entretanto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, afecto à CGTP, emitiu um comunicado a contestar “a destruição dos Acordos de Empresa” e a apelar à participação na greve pela “pela manutenção da componente pública e social do sector ferroviário”.
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