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 Os novos alimentos

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Jann
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MensagemAssunto: Os novos alimentos   Os novos alimentos EmptyTer 15 Jul - 10:52

Os novos alimentos

Por volta dos 6 meses os inicia-se a erupção dos dentes. É desejável a introdução de novos alimentos. Saiba quais.
Durante os primeiros seis meses de vida, o leite materno ou uma fórmula infantil (quando o Leite materno não é suficiente) garantem por si só as necessidades do lactente. Após este período, o aumento das necessidades nutricionais, pelo crescimento e maturação fisiológica tornam necessária a introdução de outros alimentos na dieta do bebé.

A progressão de uma dieta líquida, para alimentos semi sólidos, baseia-se na maturação das enzimas digestivas e da progressão do seu desenvolvimento psicomotor. Por volta dos 6 meses inicia-se a erupção dos dentes, e a capacidade de mastigação e deglutição começam agora a desenvolver-se, e portanto é desejável a introdução de alimentos (semi sólidos). Este processo deve ser gradual, e é conhecido como “desmame – ou diversificação alimentar”. A altura de o fazer, bem como a qualidade e quantidade dos alimentos deve ser criteriosamente escolhida, de modo a evitarmos problemas futuros.


A diversificação alimentar

A diversificação alimentar consiste pois, na transição de uma alimentação exclusivamente láctea – leite materno ou fórmulas para lactentes – para outra que inclui, além do leite (cuja dose diária recomendada é de 500ml/dia), novos alimentos na dieta do bebé. A consistência vai gradualmente.


No 2º semestre de vida, os bebés não crescem tanto por mês como no primeiro semestre, mas gastam muito mais energia, pois iniciam agora uma nova fase das suas vidas. Há muito para descobrir e este esforço enorme associa-se a terem de fazer mais exercício... pois há que sentar, gatinhar,... e depois começar a andar!

Para tudo isto é necessário substrato energético, uma fonte de energia “rápida”, preferencialmente de alimentos ricos em carbohidratos complexos (cereais e vegetais). Também precisam de mais vitaminas como a A, D, C, e mais minerais tais como ferro, cálcio, zinco,... etc.

É também importante aprenderem a distinguir vários sabores, diferentes texturas, aprender a mastigar e engolir de modo eficaz – a alimentação saudável é uma questão de habituação!

A introdução de outros alimentos, além do leite, na dieta do bebé deve iniciar-se entre os 4-6 meses, e mesmo que haja um atraso, mais frequente em bebés em amamentação exclusiva, este atraso nunca deve ir além dos 7-8 meses, pois entre os 6-9 meses surge o início do desenvolvimento da mastigação e deglutição, a qual só está apta por volta dos 24 meses, mas é de extraordinária importância dar-lhe substrato para se desenvolver adequadamente, na idade certa!


“Ajudar” na hora certa

É importante conhecermos as fases de desenvolvimento infantil, de modo a que possamos “ajudar” na hora certa, como acontece com o paladar e a mastigação.

Sabemos hoje que a introdução precoce da dieta diversificada (antes dos 4 meses), provoca um desmame precoce e aumenta os riscos nutricionais. Quando esta se dá muito tardiamente, implica riscos nutricionais acrescidos, como deficiências de algumas vitaminas e minerais, assim como uma alteração no desenvolvimento do paladar.


A importância da colher
Cada novo alimento deve ser dado com uma colher de plástico ou silicone para uma maior facilidade de aceitação. Inicie gradualmente, uma vez por semana, de modo a que seja possível identificar alguma alergia ou intolerância alimentar. Dê os novos alimentos em pequenas quantidades (algumas colheres de chá) e quando rejeitados devem ser introduzidos outra vez mais tarde.

Atenção, que muitas vezes o reflexo de extrusão (normal até 4-6 meses e que consiste na expulsão para fora da boca de qualquer alimento mais consistente que seja depositado na parte anterior da língua), é muitas vezes interpretado pela mãe como um sinal de que a criança não gosta do alimento. Apenas quando este reflexo desaparece, o bebé começa a conseguir empurrar os alimentos para a parte posterior da língua e finalmente a engoli-los.

A quantidade a dar deve ser paulatinamente aumentada, de acordo com a tolerância e apetite do seu bebé.


4-6 Meses

Os alimentos mais comuns para esta iniciação são as papas simples (não lácteas) de cereais, como o arroz e milho, e devem ser preparadas com o leite que o bebé toma normalmente (leite materno ou fórmula infantil).

Apenas os cereais sem glúten devem ser introduzidos até aos 6 meses. Atenção, pois todos eles trazem na frente da embalagem o símbolo do “sem glúten”.

Em seguida podem iniciar-se as papas lácteas sem glúten (preparadas com água fervida), mas já com sabores. Pode-se também introduzir a fruta crua raspada, desde que não seja fruta cítrica (laranja, kiwi.). Se cozida a vapor, pode ser dada qualquer fruta.

A sopa de legumes e vegetais pode ser o 1º ou segundo alimento a introduzir, e geralmente inicia-se na hora do almoço. Após estar pronta pode juntar-se um fio de azeite.


Os sabores e o desenvolvimento do paladar
Um bebé responde a um determinado paladar através da sua expressão facial.

Apesar de serem menos predispostos a aceitar os sabores doces, os bebés muito pequeninos revelam uma expressão positiva perante um sabor adocicado.

No entanto, a sua resposta ao sabor salgado parece ser indiferente.

Por outro lado, sabores ácidos e azedos são geralmente associados a respostas negativas pelo recém-nascido. No entanto é necessário lembrar que o paladar é um parâmetro subjectivo – os bebés têm diferentes preferências aos paladares.


Os alimentos da dieta diversificada têm cheiros, paladares e texturas diferentes da dieta láctea. Este é a fase na qual os bebés aprendem a desenvolver uma grande variedade de novos sabores, portanto há que lhes dar diferentes alimentos...


Não ao sal

Não há qualquer necessidade de se adicionar sal na alimentação do bebé, pois os alimentos já contêm a quantidade de sódio necessária.


Não ao açúcar

O açúcar é o carbohidrato com maior efeito cariogénico (cáries dentárias), assim como leva a um alto grau de habituação ao sabor doce.

Sabe-se hoje que a habituação precoce ao sabor doce tem influência nos hábitos futuros, podendo ser consequentemente um factor de risco para a obesidade. Nunca adicione açúcar aos alimentos do seu bebé.


Um momento de amor
Para terminar, deixamos-lhe algumas regras básicas, que consistem principalmente em fazer sempre da hora da refeição do seu bebé um momento de amor.

Habitue-o desde o início a ter um local apropriado para as suas refeições, sente-o sempre na sua espreguiçadeira e mais tarde na cadeira de mesa para bebés.

Nunca o force a comer.

Não agrade... i.é., não lhe dê brinquedos, não faça macaquices... não o distraia... pois com o tempo acaba pervertendo o seu apetite.


Informe-se sempre com o seu profissional de saúde quando, como, e o quê o seu bebé deve comer, pois ele é quem melhor o conhece.

Não perca no próximo número a 2º fase da diversificação alimentar: “À descoberta da carne e do peixe – refeições seguras”

Fonte: Sapo Bebé
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