Nicholas Browning, um adolescente de 16 anos, declarou-se culpado de ter morto a tiro os pais e dois irmãos menores, em Fevereiro, no Estado norte-americano de Maryland.
"Interrompi o jogo de vídeo em casa de um amigo que morava perto, fui à minha casa, peguei na arma e matei os meus pais e os meus irmãos. De seguida voltei para a casa do meu amigo para continuar o jogo," contou Nicholas.
Em troca da confissão voluntária, e de acordo com as leis criminais de Maryland, em vez de pedir prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, o Ministério Público pediu um máximo de duas penas máximas, o que permitirá a Nicholas Browning sair em liberdade condicional após cumprir, no mínimo, 50 anos de prisão.
Ainda de acordo com as leis deste Estado, Nicholas Browning estava prestes a completar 16 anos quando cometeu o assassinato dos pais e dos irmãos, razão pela quel é considerado demasiado jovem para enfrentar a pena de morte.
A defesa de Nicholas Browning baseou-se no testemunho do psiquiatra Neil H. Blumber, que assinalou que o jovem tinha alterações na percepção dos factos da noite do assassinato.
O psiquiatra acrescentou ainda que alguns familiares e amigos tinham afirmado que os pais de Nicholas Browning, para além de problemas com o álcool, tinham cometido sobre ele abusos sexuais.
No entanto, outro psiquiatra rejeitou estas teses e assegurou que não havia detectado que o adolescente tivesse qualquer problema derivado de eventuais maus tratos.
A sentença da condenação de Nicholas Browning será lida no próximo dia 2 de Dezembro.
Fonte: JN