Autoridades locais suspendem rede de transportes escolares por razões de segurança
As escolas do concelho de Baião vão estar hoje de portas fechadas, devido às dificuldades de circulação causadas pelo gelo acumulado nas estradas. A decisão foi tomada ontem à tarde numa reunião em que participaram as diversas autoridades de protecção e a governadora civil do Porto, Isabel Oneto.
De acordo com um dos participantes na reunião, que decorreu na Câmara Municipal de Baião, a medida foi tomada proteger os alunos, uma vez que "não existem condições para operar a rede de transportes escolares devido ao gelo existente nas vias". Uma decisão que afecta cerca de três mil alunos de 29 escolas do ensino básico e secundário, assim como todas as crianças que frequentam os 12 jardins de infância espalhados pelo concelho.
A decisão de encerramento tomada na reunião - onde, além de Isabel Oneto, estiveram o presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, os comandantes das duas corporações de bombeiros e os presidentes dos três agrupamentos de escolas existentes no concelho - pretende também libertar meios logísticos, que deverão ser dirigidos para assegurar apoio domiciliário, nomeadamente a idosos e pessoas carenciadas que residem em zonas de difícil acesso devido à neve que tem caído nos últimos dias e ao gelo formado pelas baixas temperaturas.
Também a Câmara de Amarante suspendeu a rede de transportes escolares por motivos de segurança. Mas neste concelho serão encerrados hoje as escolas dos agrupamentos do Marão e de Amarante, nomeadamente as do segundo e terceiro ciclos. As restantes funcionaram com os alunos que habitam nas suas imediações ou levados em viaturas particulares.
Tal como em Baião, a medida, tomada devido ao gelo, afecta cerca de três mil alunos. Gelo que ontem deixou isoladas sete localidades deste concelho: dois lugares na freguesia de Santa Maria do Zêzere, dois em Valadares, dois em Teixeira e um na freguesia de Frende.
Mais a norte, em Braga, permaneciam isoladas as povoações de Monte de Santa Isabel, em Terras do Bouro, Ruivães, em Vieira do Minho, Campos, Vilar Chão e Anjos, enquanto o acesso a Parte de Salamonde só se conseguia efectuar com veículos todo-o-terreno.
Os habitantes destas zonas, todas rurais, estavam, no entanto, a ser acompanhados pela protecção civil, apesar do tempo ter registado uma melhoria relativamente ao dia anterior, disse fonte da protecção civil. Uma melhoria que permitiu, ainda da parte da manhã, a reabertura da A4 no troço entre Penafiel e Amarante, após ter estado fechado à circulação automóvel durante 15 horas. E o sol que se fez sentir permitiu um cenário bem diferente do que se verificou na madrugada de sábado, sobretudo em Amarante, onde os bombeiros tiveram 250 pedidos de ajuda e acolheram 60 pessoas no quartel, impedidas de circular nas estradas devido à neve e gelo. Com R.B..