A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que pelo menos 30 milhões de pessoas fiquem sem emprego ao longo deste ano, mas se a crise mundial se agravar o desemprego pode atingir mais de 50 milhões de trabalhadores em todo o mundo.
A OIT estima ainda que o número total de pessoas a viver no limiar da pobreza pode chegar aos 1400 milhões, o que corresponde a 45 por cento de toda a força de trabalho.
Só nos países em desenvolvimento os que não têm mais do que 2 dólares por dia para viver podem ser 200 milhões em 2009.
O relatório alerta para um aumento considerável do trabalho precário. Uma situação vulnerável que pode atingir 53 por cento de toda a população empregada e revela que, em 2008, perderam-se 900 mil empregos nas economias desenvolvidas, União Europeia incluída.
Nestes países, o número de desempregados cresceu 3 milhões e meio só no ano passado.
Perante este cenário, o director-geral da OIT admite uma recessão social global. Ele avisa que são poucos os progressos no combate à pobreza.
As chamadas classes médias estão cada vez mais fracas, o que tem consequências assustadoras aos níveis político e de segurança.
Por isso, a organização pede medidas urgentes que promovam o trabalho digno e a protecção social, apelando a uma acção internacional, mais decisiva e coordenada, para travar uma crise social de grande dimensã