As crianças infectadas com o vírus H1N1 não devem ser medicadas com Tamiflu - o principal fármaco utilizado nesta altura para combater a gripe A. A conclusão faz parte de um estudo de médicos britânicos, publicado esta segunda-feira no British Medical Journal.
No artigo agora divulgado, o grupo de médicos pede aos serviços de saúde britânicos que revejam, o quanto antes, as estratégias de combate à gripe A, já que consideram "inadequada" a prescrição de Tamiflu para combater uma doença relativamente benigna. Dizem os médicos que a prescrição sistemática do medicamento tem mais efeitos negativos, do que benefícios - e em particular, nas crianças.
Com base nos testes feitos, o grupo de médicos comprovou que o Tamiflu pode causar vótimos nas crianças, potenciando mesmo situações de desidratação e diversas complicações. Para além disso, e se as crianças sofreram de asma ou de otite, o medicamento pode mesmo não surtir qualquer efeito.
No Reino Unido - país onde este estudo foi agora divulgado - o Tamiflu pode ser obtido sem receita médica e, como tal, tem sido o método privilegiado pelos médicos para o combate ao vírus do H1N1. A Agência Sanitária britânica, a Health Protection Agency, indicou que mais de metade dos 248 menores que tomaram Tamiflu, tiveram efeitos secundários como náuseas, insônia e pesadelos.
SAPO/AFP